quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Programação de tênis no Bandsports

A partir de amanhã estarei no canal Bandsports comentando muito tênis feminino do circuito da wta.
Na programação teremos jogos do wta de Moscou ,Luxemburgo e o Master de Istambul.
No Bandsports o Wta de Moscou começa amanhã a partir das 6hs onde teremos 2 jogos ao vivo válidos pelas quartas de final da Kremlin Cup.No sábado também a partir das 6hs da manhã o canal transmite os 2 jogos válidos pela semi finais do wta de Moscou .Já no domingo a final irá ao ar as 7hs  ao vivo para todo Brasil.
Outro evento que o canal ira transmitir é o wta de Luxemburgo com 3 jogos ,sendo as duas semi finais no sábado a partir  das  11hs e a final no domingo as 17.30hs .
Já a partir de terça feira ,dia 24 de outubro,o Bandsports  transmitirá com exclusividade todos os 18 jogos ao vivo do Master de Istambul ,torneio que reúne as 8 melhores jogadoras de simples e também as 4 melhores duplas da temporada 2013.De terça a sexta serão  3 jogos ao vivo por dia a partir das 12hs  na tela do Bandsports  ,já no sábado acontecem as semi finais de simples e duplas e no domingo as duas finais (simples e duplas ) ao vivo para todo o Brasil .
Espero que todos aproveitem esses 9 dias de muito tênis  na programação  do Bandsports ,o canal de todos os esportes.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A difícil decisão de subir o nível do seu jogo

Ai galera tudo bem?Estou em falta  e por isso resolvi escrever um post sobre essa viagem que estou fazendo com a tenista Laura Pigossi em uma sequência de torneios na Europa.
Quando decidimos fazer essa gira que incluía países de tradição  e respeitados no circuito mundial da wta ,sabíamos que seria uma gira difícil e muito dura para jogar,mas o principal objetivo era fazer a tenista Laura Pigossi subir o nível de jogo , aprender a jogar em outra intensidade ,amadurecer psicologicamente e se possível somar pontos que a permitam seguir subindo no ranking da Wta(começou a gira número 375 simples e 285 duplas).
Levando em consideração esses objetivos abrimos a gira com 3 torneios na Rússia (uma das escolas mais forte do circuito feminino )sendo o primeiro em São Petersburgo de 25 mil,o segundo na cidade de Kazan 50 mil,e o terceiro na capital Moscou 25 mil .Dentro do que eu imaginava o nível desses torneios foi de alto nível da grande maioria das jogadores onde todas jogam um tênis com excelente técnica ,muita intensidade física e mental,isso te obriga a ter que estar ligado o tempo todo porque se baixar o ritmo simplesmente é atropelada e quando acorda o jogo já foi embora .Mesmo com essa dificuldade conseguimos somar algo nessas 3 primeiras semanas fazendo 1quartas de final de simples (São Petersburgo) e duas quartas de duplas (Kazan e Moscou) subindo um pouco mais no ranking(simples 355 e duplas 270).Agora em relação ao idioma não preciso nem dizer que passamos muita dificuldade principalmente para conseguir pedir comida ahah mas faz parte e sempre aparecia um Santo Salvador que falada inglês e nos ajudava na tradução e nos pedidos .
A nossa quarta semana fomos para a cidade de Podgorica em Montenegro para mais um challenger de 25mil onde sem dúvida nenhuma foi onde a Laura mais aprendeu e também conseguiu demostrar em quadra que já havia absorvido  algo das primeiras semanas na Rússia.Existem semanas que marcam a vida do tenista e essa sem duvida nenhum ira ficar marcada na vida dela já que nas duplas perdeu 3 match points quando fizeram 9x6  no Super tie break do 3 Set e perderam por 12x10 (6x2 5x7 10x12)e na simples na oitavas de final (venceu a primeira rodada por 6x3 6x0)perdeu 1 match Point no 6x5  do 3 set sacando para o jogo após uma batalha de 3hs depois de estar vencendo o set por 5x2 e no final perdeu por 2 sets 1 parcias 2x6 6x4 6x7.Como disse essas derrotas são difíceis para qualquer tenista mas muito mais quando se está buscando o tão sonhado top 100 onde neste nível de ranking todos os pontos são bem vindo .Mas independente dos pontos o mais importante é a lição e a experiência que a jogadora leva para a vida com esses jogos .
Essa semana seguimos para a Geórgia na cidade de Batumi 25 mil e Telavi 50mil  para nossas  ultimas semanas de torneios nessa gira .
Agora independente de resultados ,na minha opinião ,todo tenista em algum momento na sua carreira  tem que fazer giras pensando mais em subir nível do que nos pontos e dinheiro,tem que encarrar isso como um investimento no seu jogo que lhe servirá   para aprender a jogar contra jogadores de um nível melhor  e consequentemente irá conseguir avançar na chave de torneios melhores consequentemente irá melhorar  seu ranking .Mas nada disso será possivel se o tenista não estiver com   cabeça aberta paras essas experiências onde  as derrotas e as dificuldades fazem  parte do processo de evolução dele como tenista e também como ser humano.
Caso queiram acompanhar as notícias e resultados da tenista Laura Pigossi entrem no blog www.pigossitenis.blogspot.com.br
Valeu galera ..seguimos dentro do trem indo para Batumi  para mais uma etapa ...abrc a todos.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ganhe um livro sobre a biografia do tenista Novak Djokovic

E ai galera tudo bem ?

Como todos sabem sou treinador e comentárista de tênis, logo respiro e dependo desse esporte o que me deixa mais preocupado com o atual momento do tênis brasileiro .

Analisando os ultimos  acontecimentos vejo coisas boas e ruins  acontencendo a favor e contra o nosso esporte e que cada vez  mais  me deixam na dúvida e preocupado  sobre o futuro do tênis no Brasil .

Com objetivo de interagir e saber um pouco a opinião das pessoas que visitam o meu blog diariamente;  relacionei 10 tópicos  sobre o atual momento do tênis brasileiro, e gostaria que voçês deixassem seus comentários a respeito de um  ou mais  tópicos que relacionei abaixo:

1- Os duplistas Bruno Soares e Marcelo Mello conquistando o seu espaço
2- O atual momento de Thomas Bellucci
3-  Teliana Pereira entrando no top 100 do ranking da wta
4-A  nova geração do tênis feminino brasileiro :Laura Pigossi ,Bia Haddad,Luísa Stefani e Carolina Meligeni
5-As transmissões de tênis  na TV brasileira (TV aberta e a cabo)
6 -A diminuição de pessoas competindo nos torneios oficiais
7- Os projetos olímpicos ,sociais e competitivos
8-O fechamento das academias de tênis no Brasil
9- A diminuição do número de treinadores que viajam o circuito
10- Os grandes eventos de tênis no Brasil

Na primeira semana de agosto irie escolher ,entre  as pessoas que deixaram sua opinião nesse Post, 1 comentário e ganhará de presente  um livro sobre a biografia do tenista número 1 do mundo  Novak Djokovic .Por favor coloquem no final do comentário seu contato (twitter  ,Facebook ou email ) para que eu consiga entrar em contato caso seja necessário.

 Vamos lá galera !Quero saber se o tênis brasileiro caminha para o céu ou para o inferno?

Abraço a todos !

terça-feira, 16 de julho de 2013

Entrevista para o site www.donasdabola.com.br por Fernanda de Lima


Entrevista: Renato Messias – treinador de tênis e comentarista do BandSports

Em entrevista exclusiva, Renato Messias falou sobre o futuro do tênis brasileiro, a qualidade dos circuitos de WTA e ATP e muito mais
 
Renato em Roland Garros | Foto Arquivo Pessoal
Olá, amigos, trago hoje entrevista com Renato Messias dos Santos, figurinha carimbada nas transmissões de tênis do canal BandSports. Além de comentarista do canal esportivo há mais de 10 anos, profissão adotada inicialmente como hobby, Renato é também treinador e coordenador do treinamento competitivo de uma das maiores redes de academias de tênis do país, a Play Tennis, e ex-treinador das categorias de base da CBT.

Fernanda de Lima: O BandSports teve exclusividade na exibição de Roland Garros esse ano. Como foi esse desafio?

Renato Messias: A gente conseguiu fazer uma megacobertura. Conseguir mostrar quase 120 jogos ao vivo (nos canais e no site), a final na tevê aberta. Esse tipo de cobertura ninguém fez. Mostrar os bastidores, as curiosidades. Uma outra coisa que a gente conseguiu fazer foi entrevistar todos os brasileiros no  juvenil e profissional, passamos jogos de duplas, passamos jogos do Rogerinho (Rogério Dutra Silva),  do Marcelo Melo na hora do jogo do (Novak) Djokovic e também do Bruno (Soares). As pessoas esquecem que Djokovic você vê todo ano, o Bruno e o Marcelo você vai ver duas vezes por ano jogando. E isso daí acaba gerando críticas. O que acontece muito também é que o pessoal de Grand Slam não é o mesmo público durante o ano. O cara acompanha GS uma vez por ano, depois não acompanha mais o circuito da WTA e da  ATP. Então, esse público passa a ser mais chato no sentido de ser exigente, corneteiro. O cara quer ver os principais jogadores jogando, e acha que um torneio desse nível só pode passar os melhores
.
FL: No geral, o saldo da transmissão foi positivo?

RM: Não dá para agradar todo mundo, mas eu acho que no geral foi muito legal. Lá, nós não tínhamos muita noção. Quando nós chegamos aqui, conseguimos ver que realmente agradou demais. Tiveram erros, é óbvio que tiveram erros. São cinco anos (de contrato de transmissão exclusiva do BandSports). Pra quem não gostou vai ter de engolir. Mas a tendência pro ano que vem é melhorar.

FL: Em um país dominado pelo futebol, Marcelo Melo, por exemplo, teve mais de 20 segundos de destaque no maior telejornal do país. Somente com finais essa visibilidade é possível?

RM: Acho que esses esportes dependem de resultados. A verdade é essa. O futebol, por si só, não precisa de resultados, ele vai aparecer na mídia. Esportes menores como tênis, futebol de salão, handebol precisam de resultados. E resultado é o que o Marcelo e o Bruno fizeram; precisam chegar na final de um GS pra aparecer. Eu já vi jogo do Guga passando na Globo, mas para aparecer depende de resultado. Se tiver resultado, a mídia é obrigada a dar a informação. Na tevê a cabo é muito mais fácil. Você vai buscando, passando a informação pro assinante. Mesmo numa primeira rodada você vai dando os resultados. Acho que é mais dinâmico; o que de repente numa tevê aberta é insignificante, na tevê fechada tem um significado completamente diferente.

FL: Seria improvável destaques para eliminações na primeira rodada.

RM: Sim. Imagina o Jornal Nacional colocar durante 1 minuto todos os resultados de Wimbledon. Eles falam dos brasileiros só, e se falarem. Mas aí você pega a diferença. O BandSports, por exemplo, falava nos canais (fechados) e as matérias iam também para a  Band aberta. Foi um ponto legal. As pessoas conseguiram ver a mesma matéria na TV fechada e na aberta. Sei também que não é uma coisa fácil organizar uma transmissão internamente já que  cada canal tem as suas regras e   obrigações comerciais. Então não é fácil como as pessoas pensam, não. De repente  a prioridade do canal é falar da manifestação que está acontecendo. Vai dar ibope; e o ibope às vezes faz você passar coisas que não quer.

FL: Por falar em manifestação, como você tem acompanhado essa onda de protestos pelo Brasil?

RM: Eu achei legal porque o povo estava meio parado, né? Estava chegando num ponto insustentável. O cara rouba 1 milhão, 5 milhões e não é preso, a mulher que rouba uma lata de leite é presa. A gente começa a perder a referência, e isso gera propriamente a violência. O cara fala “Bom, eu posso roubar, posso matar e não vai acontecer nada. Vou ficar lá preso um ano, no final do ano saio pro Natal e beleza. Eu não preciso voltar”. E os políticos: “Não vai acontecer nada,  muitos não serão julgados e  o povo irá esquecer”. Acho que o aumento das  passagens foram a gota d’água. Foi importante, já tivemos alguns resultados em função  das manifestações, mas acho que precisa fazer muito mais. A gente tem tudo para ser o melhor país do mundo, crescer economicamente, o povo, lugar nenhum do mundo tem o que a gente tem.

FL: Pra você que viajou bastante com o tênis, conheceu diferentes povos, parece não haver nada parecido com a afetividade do brasileiro, não é?

RM: Não, não tem. É um povo feliz, bem humorado, pessoas bonitas, tem dinheiro gerando, a gente não tem catástrofes da natureza, ou seja, é um megapaís. Os nossos problemas são a corrupção e a violência. Se acertar isso, tem tudo para ser o melhor país do mundo. A questão agora é de as pessoas se organizarem, pararem de achar normal você gastar milhões num estádio e você andar numa estrada cheia de buracos. Lugar que não tem hospital, você tem de gastar com convênio médico pra ter um atendimento decente. A gente tem que tentar mudar um pouco isso, quando a gente conseguir, a gente vai parar de ser esse país de terceiro mundo e ir pro segundo. Quem sabe agora com essas manifestações a gente consiga mudar isso. Eu espero que mude.

Renato ao lado da tenista Laura Pigossi em passagem pelo Egito para disputa do Future Sharm El Sheikh | Foto Arquivo Pessoal
Renato ao lado da tenista Laura Pigossi em passagem pelo Egito para disputa de Futures
 
FL: Quando está livre de compromissos na tevê e treinamentos, como você costuma aproveitar seu tempo?

RM: Tenho uma filha que joga vôlei e gosto de assisti la, ela leva a sério os treinamentos e jogos ( viaja muito para jogar ). Gosto de futebol, ir ao estádio,  de ouvir Música,  sair para me divertir com os amigos , Dificilmente voçe irá ouvir  “não vou sair, tô cansado”. Saio sem problemas e no dia seguinte estou zerado  para trabalhar .

Não, Renato não é o mais novo reforço alviverde, mas é mais um apaixonado pelo Palmeiras | Foto Arquivo Pessoal


Não, Renato não é o mais novo reforço alviverde, mas é mais um apaixonado pelo Palmeiras |

FL: .Sempre que pode voçe procura fugir de São Paulo?

RM:Tem um lugar que acho que muita gente conhece, Petar, minha mãe mora lá. Pra mim é um lugar que fico tranquilo, sossegado, me divirto, descanso. Ali é um lugar que me agrada demais. Infelizmente São Paulo está ficando impossível de ficar. Você gasta tempo e dinheiro. Até que ponto vale a pena você ficar nessa loucura? Você começa a rever algumas coisas e conceitos. Passou a fase das baladas, você começa a pensar um pouco mais na sua vida e se pergunta “É aqui que eu quero ficar?”.

FL: Já cogitou morar fora do país?

RM: Já recebi propostas pra ir pra fora, em Barcelona que é um lugar que eu ia todo ano nas férias, mas eu não iria. Aqui é o meu país, tem os meus amigos .família e trabalho.

FL: Voltando aos circuitos feminino e masculino de tênis, você acha que a qualidade do WTA e ATP caiu nos últimos anos?

RM: Em relação ao WTA, eu acho que subiu o nível. Antes não tinha o profissionalismo que tem hoje, tirando as 10 primeiras que tinham ali, o resto era uma várzea total. Eu cheguei a ir, por exemplo, ao Masters de Miami há uns 7, 8 anos e você via cada coisa pelo circuito feminino. Mãe dando treino de calça jeans dentro da quadra, impossível que isso daí seja jogadora profissional de uma chave de um torneio que está valendo milhões. Tinham mulheres gordas no circuito. Desculpa, eram gordas. Não tinha como falar que eram atletas pesando 20 kg a mais. Então, hoje, o circuito feminino evoluiu muito nesse sentido. Você vê a maioria fisicamente impecável. Existem as Bartolis da vida? Existem. Mas são jogadoras extremamente talentosas. O circuito feminino ficou muito mais competitivo. Hoje se a menina não jogar tênis você não consegue colocar ela num top 100. Então, demonstra que elas evoluíram bastante, desde a base.
O ATP. Eu acho que o circuito continua extremamente competitivo, acho que está exigindo muito mais dos jogadores. Hoje em dia eles estão mais preparados fisicamente, o material ajudou bastante também, então equilibrou um pouco mais. Talvez não tanto quanto as pessoas gostariam. Sempre vão ter gerações, mas eu não acho que caiu tanto assim como dizem, não. São épocas diferentes.
Se perguntarem, quem é melhor: (Pete) Sampras ou (Roger) Federer? Teoricamente é o Federer, óbvio, pelos títulos que ele tem. Eles chegaram a se encontrar, mas o Sampras em final de carreira, o Federer subindo. Fazer essa comparação no tênis de quem é melhor, não dá. Você vai ter que comparar através dos  números.
Acho que o nível não tenha caído assim pra bater o desespero. Acho que algumas escolas, por exemplo, a americana, não acham os jogadores que eles tinham antes. A escola americana perdeu espaço para outras escolas. A escola espanhola passou uma fase muito boa, a escola argentina que todo mundo falava muito bem e eles tinham jogadores, agora atravessa uma fase mais complicada por questão da economia, eles não têm jogadores viajando, então a tendência é eles desaparecerem dos top 100. Daqui uns quatro, cinco anos vai ser difícil você ter argentino jogando em alto nível. Depende muito da economia de cada país. Obviamente que volta e meia aparecem jogadores como o Guga. O Guga foi um achado no Brasil.

FL: Como você enxerga o futuro do tênis no Brasil?

RM: É uma situação bem complicada. Pode dar uma guinada muito grande e muito boa mas ao mesmo tempo pode não dar. Como você tem torneios maiores acontecendo, se os jogadores aproveitarem as oportunidades, eles podem de repente se meter (no ranking). Você começa a colocar jogadoras e quando vai ver o Brasil tem quatro, cinco jogadoras no top 100, tem mais cinco, 10 jogadores no top 100 e aí a coisa muda de figura. Porque você começa a ter mais ídolos, a molecada tem incentivo e aí o negócio acontece. A gente está dependendo disso, porque senão, a tendencia e termos  menos pessoas jogando tênis. A molecada está cada vez mais competindo menos , pode ter  mais gente praticando tênis, mas não pessoas competindo. Prova disso são as federações.

FL: Isso que você está dizendo vai na contramão da história do crescimento recente do tênis no Brasil.

RM: O que existem são mais pessoas jogando tênis, mas não tem mais gente competindo. São coisas diferentes. As academias estão fechando. Os condomínios têm mais quadras de tênis? Têm. O cara joga tênis no condomínio, como lazer. Sim, o público mais social está aumentando. Mas não tem tanta gente assim (em competição). Isso é visível porque a gente vê em torneio. E tudo isso tem a ver também com o custo para manter um jogador no torneio, tem passagens, pagar treinador, pagar treinamento. Cada vez mais você tira a vontade dos pais de incentivarem os filhos. É muito caro. “Eu vou gastar U$ 80 mil, U$ 90 mil, U$ 100 mil por ano”.

FL: Nesse cenário, os ídolos tornam-se importantes para engrenar o tênis no país?

RM: Sim, quando você tinha o Guga, apareciam as academias, a molecada querendo jogar, o jogo passava na tevê aberta. Depende de um ídolo, se tem um ídolo a televisão divulga. E aí o sonho (da molecada) vem com a família e vai movendo a máquina do tênis. É preciso aproximar mais os ídolos que temos ,por ex  o Marcelo Melo , o Bruno (Soares), o (Thomaz) Bellucci para que eles de alguma forma fiquem mais próximos da molecada porque ai  você vai plantando uma sementinha em cada um . Mas a gente tem de trabalhar a base e massificar o esporte porque da quantidade vem a qualidade, já estamos entrando na qualidade direto, estamos começando errado. Enquanto não acertarem a base, a gente vai ficar dando murro em ponta de faca.



domingo, 2 de junho de 2013

Pré-temporada de inverno na Academia Play Tennis -julho 2013


A equipe de treinamento Competitivo da academia Play Tennis preparou para atletas juvenis e profissionais uma programação especial para os mês julho aproveitando as férias de inveno .


Renato Messias -Roland Garros 2012
r
                                                                                                        Carla Tiene -capitã Fed Cup
 
No mês de julho será realizada na unidade do Play Tennis do Morumbi ,a Pré-Temporada de inverno ,onde serão um total de 5 semanas de treinamento intensivo com o objetivo de preparar os atletas para os torneios do 2 semestre da temporada de 2013.

 
O treinamento incluirá treinos em quadra de saibro e rápidas e serão utilizadas quadras cobertas em caso de chuva .Além dos treinos  de quadra ,os atletas terão sessões de preparação física  e fisioterapia preventiva voltadas para o tênis  .

Os atletas poderão participar de quantas semanas desejarem .Haverá duas opções de pacote ,o de meio período ou período integral .O pacote de meio período inclui 5horas de treinamento ,todas no período da tarde .Já o pacote de período integral inclui 7 1/2 hs de treinamento divididas entre manha e tarde.

                                                   FISIOTERAPIA PREVENTIVA


O treinamento da manhã será realizado das 8.30hs  as 12hs  e o da tarde 14hs as 19hs divididos entre musculação ,fisioterapia preventiva ,preparação física e treinamento técnico de quadra .

EQUIPE PLAY TENNIS
 
A equipe técnica responsável pela Pré -Temporada é  formada por treinadores com experiência internacional e que trabalham com treinamento competitivo a mais de 20 anos .

Coordenação: Renato Messias (coordenador do treinamento competitivo da academia Play Tennis ,comentarista do Bandsports e ex treinador das categorias de base da CBT)


Orlando Rosa e Renato Messias -Brasil Open 2013

Técnicos
- Orlando Rosa (especialista em biomecânica e comentarista do Bandsports  )
 
 -Carla Tiene (técnica da Fed Cup,comentarista do Bandsports e ex jogadora profissional da wta )
,
 -Jorge Delnero ( comentarista do Bandsports ,palestrante de  cursos e clinicas  sobre táticas no tênis e ex coordenador do departamento de tênis do Clube Hebraica -SP)
 
-José Mauro (ex coordenador da academia Eche Tennis e treinador nos USA por quase 10anos)
 
-Douglas Santana (Travel Coach da academia Play Tennis,formado em Educação Física  )
 
-Michael Sabino (treinador de base da equipe de treinamento competitivo da academia Play Tennis )
 
-Renata Penha (preparadora física da equipe Play Tennis  )
 
-Flávia Schlittler (fisioterapeuta da equipe Play Tennis )
 

                                                      PREPARAÇÃO FISICA
 
 Confira abaixo as  semanas e valores  da Pré -Temporada de Inverno da academia Play Tennis
                                                                                    
                         DATA                              MEIO PERIODO             INTEGRAL
 
1 semana   -  01a 05 de julho                        $1000,00                      $1500,00
2 semanas -  08 a 12 de julho                       $1600,00                      $2000,00
3 semanas -  15 a 19 de julho                       $1900,00                      $ 2500,00
4 semanas -  22 a 26 de julho                       $ 2100,00                     $ 3300,00
5 semanas -  29 a 02 de agosto                     $ 2500,00                     $ 3500,00
 
A hospedagem para os atletas que estão vindo fora de São Paulo e por conta dos mesmo ,mas sugerimos o flat The Hill localizado na Av Giovanni Gronchi,5201 f 37496788 que fica localizado a 10 minutos da academia .
 
Para maiores informações entre em contato através do    email playmorumbi@playtennis.com.br ,rmessias@hotmail.com ou atraves do telefone  11 37447075

                                        Renato Messias e Laura Pigossi -US OPEN 2012

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Roland Garros 2013 -Dia perfeito para os favoritos em Paris

Paris (França)-Terminado o quarto dia de jogos da chave principal de Roland Garros não tivemos nenhuma  grande surpresa e os favoritos avançaram com muita tranquilidade  para a terceira rodada do evento .Serena ,Federer ,Azarenka ,Errani,Tsonga,Ferrer  entre outros fizeram treinos de luxo nesta quarta feira no complexo de Roland Garros .

Os jogos que eu  comentei no Bandsports  foram bem tranquilos , Victoria Azarenka venceu por 2 sets a 0 parcias 6x1 6x4  Elena Vesnina e Ana Ivanovic também venceu por 2 sets a 0 parciais 6x2 6x2 Mathilde Johansson .

Na programação de amanhã irie comentar um jogo interessante entre o número 1 do mundo o sérvio Novak Djokovic contra o talentoso e perigoso argentino Guido Pella.Esse jogo deve começar por volta das 13hs (8hs de Brasília ) com narração de Oliveira Andrade.

                                                          Roland Garros 2013

terça-feira, 28 de maio de 2013

A chuva em Roland Garros

Paris(França)- Hoje foi um dia complicado aqui em Roland Garros em virtude da chuva que caiu durante quase todo dia  causando interrupções nos jogos .
A pior  coisa que pode acontecer em um torneio de tênis é a chuva, quando não se tem quadras cobertas, porque atrapalhar toda a programação da TV,os jogadores acabam passando mais tempo dentro do complexo esperando que a partida reinicie,a venda de ingressos diminue,muitas vezes obriga a organização a  ter que cancelar jogos do dia ,o trabalho dos assistentes de quadra dobra e as vezes triplica já que eles tem que remover a lona que protege  a mesma varias vezes durante o dia e além disso a maioria dos profissionais envolvidos acabam ficando com tempo ocioso  esperando o reinício dos jogos .Mas nem tudo é tristeza com a chuva  porque com o tempo ocioso  a tendência é  as pessoas  consumirem mais nos restaurantes e nas  lojas  do complexo aumentando as vendas do torneio.
Hoje eu tinha  2 jogos programados (Marion Bartolli x Olga Govortsova e Aravane Rezai x Petra Kvitova)para comentar no Bandsports ,mas em função da chuva apenas comentei o primeiro jogo que praticamente durou o dia todo com as interrupções.Total foram quase 7hs dentro da cabine de transmissão e no final Marion Bartoli venceu por 2 sets a 1  o seu jogo de estréia após salvar 2 match points com parciais de 7x6 4x6 7x5 garantindo vaga na segunda rodada de Roland Garros .Já. O segundo jogo que eu iria comentar foi suspendo por falta de luz natural.
Amanhã mais uma vez estou escalado para comentar 2 jogos ao vivo na programação do Bandsports ,sendo que o primeiro será as 11hs(6hs Brasília) entre Victoria Azarenka (BLR) X Elena Vesnina (RUS) e o segundo jogo será por volta das 16hs (11hs Brasília) entre Ana Ivanovic(SRB) xMathilde  Johansson(FRA) ;sendo que  jogo da Azarenka acontece  na quadra Philippe Chatrier e o da Ivanovic  na quadra Suzanne lenglen.
Muito obrigado a todos pelos elogios e também as criticas que  recebo durante as  transmissões já que me ajudam a melhorar cada vez mais os meus comentários
Valeu Galera !abraço a todos

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Roland Garros 2013 -

Paris (França )-Hoje foi um dia muito especial para mim porque fiz a minha estréia como comentarista de tênis em um Grand Slam.Confesso que mesmo já tendo comentado grandes eventos no Bandsports como por exemplo Jogos Panamericanos,Olimpíadas,circuito da Atp e wta e também já tendo participado de um evento desse porte como treinador ,fiquei um pouco nervoso já que se tratava de Roland Garros  um dos maiores torneios de tênis do mundo e sem dúvida o mais charmoso de todos os torneios do circuito mundial.
Apesar de já ter viajado para mais de 40 países como jogador e treinador ,e trabalhar no canal Bandsports a mais de 10 anos ;essa é a primeira vez que viajo para fora do país como comentarista de tênis o que me possibilita conhecer um outro lado (jornalístico)desses grandes eventos .
 Roland Garros começou na ultima quarta feira com a chave do quali mas eu comentei o meu primeiro jogo no dia de hoje na  derrota do brasileiro Rogerio Dutra por 3 sets a 0 contra o letão Ernest Gulbis .Já sei que vai ter gente dizendo que sou pé frio mas o adversário do brasileiro era um jogador extremamente talentoso e com um arsenal de golpes de dar inveja a muitos jogadores ou  seja um jogador muito difícil para ser batido  ,principalmente se tratando de Roland Garros onde jogadores como mais experiência levam vantagem sobre  adversários mais fracos ou inexperientes.
Amanhã irei comentar 2 jogos da chave feminina  ao vivo no Bandsports ,sendo que o primeiro começa a  partir das 11hs (6hs Brasília) entre Marion Bartoli (FRA) X Olga Govortsova(BLR) com narração de Rodrigo Cassino;e fechando a programação por volta das 15hs (10hs Brasília) comento Petra Kvitova (CZE) X Aravane Rezai (FRA) com narração de Oliveira Andrade.
Valeu galera!abraços e bom divertimento a todos .

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Bate papo com Laura Pigossi e Carla Forte Bye Ariana Brunello -matéria do site www.tennisreport.com.br

laura e carla-2Laura Pigossi e Carla Forte (Foto: Messias Tennis)
 
Elas são jovens, lindas e têm um sonho em comum: ser a número 1 do mundo! Mas, por trás do sorriso de menina, revelam a força de atletas que sabem onde querem chegar.
Foi numa manhã fria, durante uma sessão de treinos para a temporada de saibro, que o Tennis Report bateu um papo com Laura Pigossi e Carla Forte, promessas do tênis feminino brasileiro.
Mas a baixa temperatura não tirou o pique das nossas atletas juvenis. Às sete da manhã elas já estavam em quadra, mostrando que têm garra e determinação de sobra pra chegar ao lugar mais alto do pódio.
 
Como o tênis surgiu na vida de vocês?
Carla - Com 6 anos ganhei minha primeira raquete de presente do meu avô, que tinha uma academia em SP. Meu pai também jogava. O tênis já estava no DNA da família!
Laura - Conheci o esporte com meu irmão. Tudo que ele fazia eu também queria fazer. Era meu exemplo. Eu tinha 6 anos de idade e jogávamos juntos. Com ele também conheci o futebol e cheguei a bater bola, mas o amor pela raquete falou mais alto.
 
Preferem jogar simples ou duplas?
Carla - São modalidades muito diferentes, apesar de fazerem parte do mesmo esporte. Em simples, a premiação é bem maior. Mas o jogo de duplas é fundamental pra quem está começando, ganhou muita importância nos últimos anos e vem crescendo ainda mais. E o que muita gente não sabe é que são as duplas que colocam os profissionais nos grandes torneios, é como uma porta de entrada para a carreira.
Laura - Gosto das duas modalidades, mas hoje prefiro partidas de simples.
 
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Carla Forte (Foto: João Pires)
 

Qual é o estilo de jogo de cada uma?
Carla - Nós duas somos agressivas, mas com estilos diferentes. Laura joga mais "flat', eu prefiro jogar com mais "top spin". Mas com o mesmo objetivo: sempre chegar na rede e ganhar o ponto lá na frente.
Laura - Sou mais agressiva, gosto de subir à rede e de um bom voleio, apesar de ultimamente acertar a bolinha mais no aro do que na corda (risos).
 
laura pigossi
Laura Pigossi (Foto: Divulgação)
 

Sabemos que, para os homens, é mais fácil jogar tênis e se adaptar à rotina de viagens e das competições. Quais são as maiores dificuldades que uma mulher encontra para se tornar uma atleta?
Carla - Em qualquer esporte há muita diferença entre as categorias masculina e feminina. A mulher é mais sensível, dependente, confunde muito o pessoal com o profissional e por isso encontra mais dificuldade. Essa é uma briga que tenho comigo mesma e não é fácil superar. Nisso, as européias levam vantagem por serem mais frias. Nós, latinas, somos mais emocionais. Para os homens, tudo é mais simples. Conseguem separar melhor os dois lados. Os próprios treinadores já dizem que, pra treinar mulher, tem que nascer abençoado!
 
Então, os seus treinadores Renato Messias, Orlando Rosa e Carla Tiene são abençoados?
Laura - São! No início, achava o Renato muito exigente e, por isso, preferia estar com o Orlando. Mas com a rotina de viagens constantes e a convivência diária, acabei me acostumando com esse "jeitão" dele.
Carla - Cada um deles tem uma maneira de ensinar e dividir experiências. O Renato é mais sério e é quem dá o famoso "puxão de orelha". A Carla é mais sentimental, sempre nos dando "colo". Já o Orlando é mais brincalhão e levanta nosso astral. São perfis que se complementam e, por isso, muito importantes pra gente. Acreditamos muito no trabalho desse trio.
 
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Carla, Renato Messias e Laura (Foto: Messias Tennis)
 

Como é se dedicar ao esporte e, ao mesmo tempo, ver que ainda falta incentivo aos atletas no Brasil?
Laura - Nossa rotina é puxada. Treinamos muito todos os dias. Logo cedo já estamos na quadra. Se o objetivo é vencer e você luta muito pra isso, não é a falta de incentivo que te faz desistir do seu sonho. Hoje tenho o apoio e o patrocínio da Prince, da Asics e da Top Spin.
Carla - Hoje em dia, o incentivo ao tênis cresceu bastante, principalmente na categoria feminina. A quantidade de torneios nacionais e patrocinadores aumentou nos últimos 3 anos. A CBT (Confederação Brasileira de Tênis) está nos apoiando cada vez mais. Tivemos a Fed Cup aqui no Brasil no ano passado. Foi muito bom. Mas ainda está longe do ideal, como acontece nas grandes potências do esporte mundo afora.
 
Por falar nisso, o Brasil voltou ao calendário da WTA. Qual a importância de torneios grandes, como este, por aqui?
Laura - Quanto mais torneios desse porte o Brasil puder sediar, melhor pro esporte e para os atletas. É importante para que as nossas juvenis vejam a diferença do nível de jogo entre as brasileiras e as européias. Lá elas estão jogando demais! Meninas de treze anos já enfrentando outras de dezoito. E aqui as de doze batendo bola com outras da mesma idade. Essa é a realidade, infelizmente.
Carla - É outro patamar de torneio. Aqui, a grande maioria está acostumada com futures e chalengers. Nós, que já tivemos a oportunidade de ir a Grand Slams, sabemos o quanto é diferente. A volta da WTA ao nosso país mostra como é a realidade do tênis mundial, para que as atletas brasileiras não se acostumem e nem fechem a cabeça para os pequenos torneios nacionais. É incrível para as atletas e também para aumentar a visibilidade do esporte na mídia em geral.
 
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Carla Forte (Foto: Divulgação)
 

Nos bastidores da WTA rola um papo de que as jogadoras não são amigas, nem gostam de treinar juntas. É verdade?
Carla - Acontece, sim. Não estamos nesse esporte para fazer amizades. Mas, pode ser uma consequência. Você pode encontrar uma pessoa legal. É o meu caso e o da Laura. Treinamos juntas, viajamos juntas e isso acaba criando um ambiente melhor. Acho errado não se socializar. Isso atrapalha o lado profissional. Algumas jogadoras que poderiam compartilhar várias experiências e informações preferem se isolar. Aí voltamos naquele tema polêmico: mulheres! (rs)
Laura - Não vejo problema algum em duas tenistas treinarem juntas, desde que não se tornem melhores amigas. É um ambiente profissional e chega a um ponto em que a intimidade pode atrapalhar. Tem que saber administrar pra que essa relação ajude a ambos os lados.
 
E os gritos durante a partida? Acha que são necessários ou rola um exagero? Atrapalham a adversária?
Carla - É uma polêmica! A gente assiste à Victoria Azarenka e à Maria Sharapova e pensa: "é, elas exageram um pouco, sim!". Talvez pro público fique desconfortável, é o que dizem por aí. Mas, pra gente que está ali dentro da quadra é muito natural. Nós até conversamos sobre isso, de que os gritos são diferentes, de acordo com a bola que você bate: atacando ou se defendendo. Depende da intensidade que você imprime na jogada. E não atrapalham, não. No momento do jogo a concentração é tão grande que os gritos passam despercebidos.
 
Várias jogadoras entram em quadra superproduzidas com rímel, delineador, sombra e unhas enormes pintadas com a cor da roupa. Existe uma espécie de pressão para que, além de jogar bem, as tenistas se tornem ícones "fashion"?
Carla - Depende da vaidade de cada uma. É muito legal esse ritual de se arrumar, ter seu estilo e poder escolher até o elástico de cabelo que vai usar. O importante é não exagerar e usar isso a seu favor. É uma questão de imagem. O lado "fashion" é um dos charmes do tênis feminino. Isso é o que atrai o público e também o que o diferencia do tênis masculino. A gente não pode bater tão forte quanto eles, nem jogar por dez horas ou cinco sets. Mas podemos estar mais elegantes!
Laura - A gente é mais bonita do que eles! (risos)
 
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Laura Pigossi (Foto: Divulgação)
 

O que é mais importante dentro da quadra: conforto ou estilo? Dá pra juntar os dois?
Carla - Dá, sim! Hoje, com a tecnologia dos uniformes, é possível ficar bonita e estar confortável ao mesmo tempo. Não tem como se vestir fora dos padrões e nem se sentir desconfortável. Pra treinar, usamos shorts e camiseta, mas sempre arrumadinhas. Isso faz a gente se sentir melhor na quadra. Já num torneio optamos por saia, top, camisa pólo ou vestido. E sempre tem aquela peça especial que marcou algum momento e guardamos com carinho pra manter a superstição. Sim, tenista é muito supersticioso! Os homens também são cheios de manias, mas estão sempre de bermuda e camiseta, não importa a ocasião. Essa é a diferença entre o feminino e o masculino.
Laura - Victoria Azarenka inovou e usou shorts em vez de saia em alguns torneios, como o Australian Open 2012. Achei diferente, ela foi ousada, mas muita gente não gostou. Ela se sentiu confortável assim e deu certo: ganhou o primeiro Grand Slam do ano e da carreira!
 
E fora das quadras? Vocês são vaidosas também?
Laura - A gente adora uma maquiagem!
Carla - E estar bem vestida também! A gente passa o dia inteiro de coque no cabelo, shorts e camiseta. Quando surge uma oportunidade de se arrumar e tirar a "fantasia" de tenista é muito bom!
 
Qual o momento mais marcante da carreira de vocês até agora?
Laura - Um jogo duríssimo num torneio na Bélgica, 7-6 no tie-break. Parecia que não ia acabar nunca! E no final veio aquela sensação de alívio: "Ufa, acabou!".
Carla - A Copa Gerdau de 14 anos, que é o torneio mais importante da gira. Eu tinha uma rixa com uma boliviana e não conseguia ganhar dela. Mas, aqui no Brasil, eu venci na final! Foi muito emocionante! Geralmente, o que te marcam são as vitórias. Em segundo lugar, as lesões que sofremos inesperadamente e que fazem os atletas se afastarem do circuito por um tempo. Afinal, ninguém quer se machucar e parar.
Quais os seus tenistas preferidos?
 
Carla - Um ídolo não surge apenas pelo que faz na quadra, mas fora dela também. Por isso admiro Kim Clijsters, Roger Federer e Guga Kuerten, por tudo que fizeram até hoje.
Laura - Entre os meus favoritos estão Victoria Azarenka, Justine Henin, Roger Federer e Novak Djokovic.
 
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Laura, Victoria Azarenka e Renato Messias (Foto: Messias Tennis)
 

Como vocês se imaginam daqui a dez anos e até onde querem chegar?
Laura - Quero ser a número 1 do mundo!
Carla - Que bom que você respondeu isso porque todo o sacrifício que a gente faz tem que ter um grande objetivo. Ninguém joga pra ser número 100 do mundo. Em toda profissão você tem que ser o melhor.
Laura - Se você é top 20, seja o melhor. Se é número 2, seja o melhor. E se for o primeiro do ranking, também seja o melhor. Sempre queira ser melhor.
 
Qual conselho vocês dariam pra quem quer abraçar a carreira de tenista?
Laura - Não é fácil. Tem que querer muito! Você treina, treina, treina e perde, perde, perde. Garra, disciplina e determinação são fundamentais. O importante é não desistir.
Carla - Ser atleta é algo especial. Se tiver oportunidade, agarre! É difícil descrever em palavras as emoções que o tênis nos proporciona. Temos apenas 17 e 18 anos, mas metade das nossas vidas é feita desses momentos. É preciso estar disposto a pagar um preço e abrir mão de muitas coisas. Mas vale a pena! É incrível! É demais!
 
Laura Pigossi tem 18 anos e acaba de participar dos torneios ITF 50.000 de Johanesburgo e do ITF Sharm El Shake no Egito. Saiba mais sobre Laura Pigossi: http://pigossitenis.blogspot.com.br
 
Carla Forte tem 19 anos e foi campeã do ITF de Antalya na Turquia. Saiba mais sobre Carla Forte: https://www.facebook.com/carla.forte.315
Parabéns, Laura e Carla! O Tennis Report está sempre na torcida por vocês

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Acorda Brasil !

Estou fora do país , na Tunísia e sigo acompanhando as notícias do Brasil, e mais uma vez leio uma sobre um assassinato que me revoltou, mostrando que o país esta virando terra de ninguém .
 
Nesse blog normalmente divulgo informações de esporte (principalmente Tênis porque trabalho com isso ) mas hoje olhando o facebook resolvi  compartilhar aqui o texto que li de autoria de Ithamar Lembo,onde ele descreve o que muitos brasileiros sentem e pensam sobre essa situação caótica que vive o país em relação a violência .

Lembrando que teremos nos próximos anos aqui no Brasil Copa das Confederações ,Copa do Mundo e Olimpíadas ,eventos que deveriam ajudar o país  a diminuir a violencia com investimentos estruturais na educação ,esporte,cultura  entre outras coisas ..LOGO isso não está acontecendo ,e  como sempre tem muita gente ganhando dinheiro e o povo que se lasque . 
 
Segue abaixo o texto completo que Ithamar Lembo divulgou no Facebook nesta manhã de sexta feira ..Parabéns !
 
 
 
 

Seu filho tem 19 anos, gente boa, educado, não dá trabalho, estudioso, simples, terceiro ano de faculdade e num determinado dia, chegando em casa as nove da noite, depois da faculdade, é abordado de forma violenta por um marginal de 17 anos que quer o celular.

Seu filho, menino consciente, bem orientado, leva um susto..., mas não reage, não xinga, não resiste, não reage e entrega o celular calmamente. Mesmo assim, o "de menor", dá um tiro na cabeça dele. O corpo do seu filho cai na calçada e o "adolescente" se afasta "andando".

O pequeno delinquente pede pra sua mamãe levá-lo ao fórum porque ele quer se entregar, mas não quer que seja na polícia, por medo. Mamãe o leva até lá, ele assume o crime e é mandado pra Fundação Casa ( aquele depósito de pequenos marginais que não educa, não pune, não contribui PORRA NENHUMA pra acabar com a violência ) aguardando pra ver o que será feito com ele.

O filho da puta faz 18 anos amanhã. Mas quando cometeu o crime tinha apenas 17, então, é menor de idade e não pode ser julgado como um adulto. É um adolescente. Vai pegar aí uns 3 anos de Fundação Casa. Lá, se fingir ser bonzinho, volta pra casa da mamãe em menos de um ano e inicia sua vida adulta como PRIMÁRIO. Se continuar sendo o animal que é, sai em 3 anos, chefe de quadrilha, respeitado e pronto pra tirar a vida de outro filho.

Como você sabe que não vai acontecer porra nenhuma com esse lazarento, resolve que precisa fazer alguma coisa. Então decide que vai fazer um plantão na porta da Fundação Casa até deslocarem esse animal pra algum lugar, ou suborna alguém de dentro, invade o lugar, sei lá... mas você só pensa que vai dar um tiro na cara do desgraçado que tirou a vida do seu filho de graça.

Você seria preso, desgraçaria ainda mais sua família e ainda teria que ouvir um bando de imbecis, filósofos, sociólogos, psicólogos, políticos hipócritas e demagogos, que você não tem esse direito, que isso não resolve, que na verdade, aquele que pra você é um assassino desgraçado filho da puta, pra eles é mais uma "vítima da sociedade", um coitadinho e que, provavelmente VOCÊ também é indiretamente culpado por esse estado e, portanto, pela morte do seu filho.

E no fim você não faz nada e é obrigado a assistir, passivamente, esse monte de merda, sair impunemente.

Aos hipócritas, demagogos, defensores dos coitadinhos, fazedores de média, aproveitadores da desgraça alheia, filósofos, sociólogos, psicólogos cagadores de regras, moral, bons costumes, amor ao próximo, perdão e blá, blá, blá, desejo do fundo do meu coração que vocês todos vão PRA PUTA QUE OS PARIU!!!! Políticos e autoridades que não só não fazem porra nenhuma pra resolver essa situação, como também estão sempre metidos em crimes, podem fazer-lhes companhia.

Venham demonstrar suas teorias e defender sua posição humanitária no dia que VOSSOS FILHOS levarem um tiro na cabeça de um filho da puta desses, "vítima da sociedade".

Bom dia! Pelo menos pra você que consegue achar que isso não tem nada a ver com sua vida porque o filho não era seu.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

ATP na tela do Bandsports

 Neste final de semana na tela do Bandsports o tênis masculino será destaque com o  ATP 250 de Houston  na grade de programação do canal.

Confira abaixo a programação dos jogos do ATP Houston

12 de abril sexta feira 20hs quartas de final
12 de abril sexta feira 22hs quartas de final
13 de abril sábado 15hs semi final 1
13 de abril sábado 17hs semi final 2
14 de abril domingo 16hs final

Todos os jogos terão os comentários de Orlando Rosa

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Programação do Wta na tela do Bandsports

A partir de hoje o Bandsports exibi ao vivo os jogos do wta de Charleston nos USA ,e no domingo a final do wta de Monterrey no México
Confira abaixo toda a programação com dias e horários dos jogos que serão transmitidos no Bandsports

05 de abril

Sexta feira 14hs quartas de final
Sexta feira 16hs quartas de final
comentários de Jorge Delnero

06 de abril

Sábado 14hs semi final
Sábado 16hs semi final
comentários de Orlando Rosa

07 de abril

Domingo 14hs final do wta de Charleston
Domingo 23hs  final do Wta de Monterrey (VT)
Comentários de Orlando Rosa

Bom divertimento a todos !

segunda-feira, 25 de março de 2013

Programação do Wta de Miami na tela do Bandsports

Essa semana o Bandsports transmite o WTA de Miami a partir dessa quarta feira com jogos validos pelas quartas de final ..Confira abaixo a programação do wta na tela do Bandsports

27 março 14hs quartas de final
27 março 20hs quartas de final
28 março 14hs semi final
28 março  22hs semi final
30 março 16hs final (a confirmar )



Lembrando a todos que a partir do dia 27 de maio ao vivo com exclusividade no Bandsports ....


Ao todo serão mais de 120 jogos ao vivo para o amigo assinante do Bandsports ..Aguardem que em breve irei divulgar as novidades desse mega evento que iremos transmitir com muito empenho.
Valeu galera !

sábado, 9 de março de 2013

Programação de Indian Wells no Bandsports

Essa semana o Bandsports transmite  7 jogos  ao vivo do WTA de Indian Wells   .Confira abaixo a programação do canal  e bom divertimento a todos .

quarta feira dia 13 de março 17.30hs quartas de final 1
quarta feira dia 13 de março 23.00hs quartas de final 2
quinta feira dia 14 de março 15.00hs quartas de final 3
quinta feira dia 14 de março 19.00hs quartas de final 4
sexta feira dia   15 de março 22.30hs semi final 1
sabádo dia 16 de março 00.30hs semi final 2
domingo dia 17 de março 17hs final (a confirmar )

terça-feira, 5 de março de 2013

Laura Pigossi elimina cabeça 4 no challenger de Irapuato e atinge maior vitória da carreira

 

 

A jovem de 18 anos Laura Pigossi (Correios/Asics/Prince/Top Spin), conseguiu um importante resultado na noite desta terça-feira. A tenista superou a cabeça de chave 4 e se qualificou às oitavas de final do torneio challenger ITF US$ 25 mil de Irapuato, no México, sobre o piso rápido.

Pigossi derrotou a eslovaca naturalizada australiana, Jarmila Gajdosova, 160ª colocada e tenista ex-top 25, por 2 sets a 0 com parciais de 6/2 6/4: "Estou muito feliz, essa é minha maior vitória. Consegui voltar ao bom nível que estava no fim do ano passado quando estava jogando de igual pra igual com as melhores e hoje superei uma delas. Mas essa vitória somente não está bom, foi só um jogo e vamos pro próximo com a mesma atitudade para sair com o resultado positivo", comemorou a jovem que faz seu primeiro ano completo como profissional.



Sobre a partida, Pigossi destacou: "Consegui jogar super bem. Me defendi muito bem e saquei bem, consegui ficar bastante no ponto, conseguia jogá-la para bater na corrida e ela se perdia um puoco. Consegui me impôr e fiquei o jogo todo na frente".

A tenista que esteve entre as 20 melhores do mundo no juvenil no ano passado enfrentará, na quinta-feira, a vencedora do jogo entre a boliviana Maria Alvarez Teran, 292ª colocada, e a eslovaca Zuzana Slochova, 272ª, que só será definida nesta quarta-feira: "Só enfrentei a boliviana, lembro que perdi 6/4 6/2, desperdiçando algumas chances. Mas faz algum tempo, cresci muito como jogadora desde então. A eslovaca não conheço", disse.

Nesta quarta Laura entra em quadra nas duplas ao lado da chilena Cecília Melgar. As duas enfrentam as mexicanas Ximena Hermoso e Victoria Rodrigues por volta das 19h30, horário de Brasília.

Foto: Celso Pupo / FotoArena

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Flor de Aragonita Artes -Iporanga SP

 



 

A Flor de Aragonita inova o mundo da criatividade com propostas que se preocupam com o meio ambiente, trabalhando com materiais reciclados ou reutilizados, como o vidro, o isopor e o tetrapak.

Representa um importante papel em divulgar peças exclusivas de diversos artesãos, unindo sensibilidade, bom gosto e aptidão artística. São trabalhos impressionantes feitos com muita dedicação.
Ambientalista e sensibilizada com a situação do planeta, Janayna Franco resolveu dar vida ao seu dia a dia fazendo arte com uma pitada de consciência ambiental. Considera a reciclagem de vidros apaixonante, fez cursos e se especializou na arte da transformação. Além dos vidros, em seu ateliê ela desenvolve diversas peças artesanais.

É monitora ambiental, conhece diversas cavernas e explorou abismos. Conhece muitos estados brasileiros e 15 países , mas é em sua raiz, Iporanga, uma charmosa cidade 320 km distante da capital, que coloca em prática toda sua experiência adquirida.

Filha de ex-prefeito, foi seduzida pela história política de Iporanga, se formou em Gestão Publica e escreveu sua monografia baseada na experiência de seu pai, Jeremias de Oliveira Franco.

Além de artista, é uma importante articuladora e mediadora em Iporanga, sempre apoiando projetos ambientais, sociais e culturais. Já trabalhou em entidades publicas e hoje desenvolve o Projeto “Gente de Vidro”, que envolve arte, reciclagem e meio ambiente.


A técnica do FUSING (fusão do vidros ) é   trabalhada por Janaina   buscando reutilizar os vidros  inspirada na beleza da transformação e na preocupação com a redução do “lixo vidro” que a cidade de Iporanga produz. Todas as peças são 100% feitas de vidros que seriam encaminhados para o aterro sanitário. Com a reciclagem do vidro, poupa-se a natureza e assume-se um caráter personalizado que só o produto artesanal é capaz de criar.
Abaixo algumas peças que foram feitas com vidros reciclaveis

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Matéria da Revista Tênis sobre a transição do tenista juvenil para o profissional


Achei muito legal essa matéria da Revista Tênis sobre a transição dos tenistas juvenis para o circuito profissional escrita por Caio Cortela .Por isso resolvi divulgar aqui no blog ...Parabéns Caio por essa excelente matéria .
Segue abaixo a matéria completa divulgada na edição de número 109 da Revista Tênis
Do juvenil ao profissional
Estudos mostram em que fase os tenistas juvenis podem (ou devem) ingressar no circuito profissional para ter sucesso.

por Caio Cortela




QUAL O PERCURSO ESPORTIVO realizado pelos tenistas de sucesso? O que é mais importante: estar entre os melhores jogadores juvenis do mundo ou antecipar a transição para o circuito profissional? Qual o momento ideal para mudar de circuito? Diversos treinadores e atletas do mundo todo certamente já se depararam com essas questões.
Responder a esses questionamentos pode contribuir para que todos os envolvidos tomem decisões mais assertivas no momento da transição. No entanto, vale lembrar que o treinamento e, particularmente, a preparação esportiva de longo prazo, não são ciências exatas. Nesse sentido, a utilização de "receitas prontas" que possam ser generalizadas a todos os atletas torna-se inviável. Por outro lado, conhecer os caminhos percorridos por tenistas de destaque pode facilitar a transição para o circuito profissional, aumentando as probabilidades de sucesso na carreira.
Pesquisas com tenistas top 100 da ATP apontam que esses atletas iniciaram no tênis por volta dos seis anos de idade, atingindo o top 100 quinze anos depois, aos 21
COPIAR OS MELHORES É UMA ALTERNATIVA?
Tomar como base apenas as trajetórias de tenistas como Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, que se sobressaem como uns dos maiores nomes da história do esporte pode levar os treinadores a cometer erros na avaliação dos resultados apresentados pelos seus tenistas e, consequentemente, influenciar na escolha dos torneios a serem disputados, interferindo negativamente no desenvolvimento e na transição dos jogadores.
O TEMPO NECESSÁRIO
Pesquisas que tiveram como foco o trajeto esportivo dos tenistas top 100 da ATP apontam que esses atletas iniciaram no tênis por volta dos seis anos de idade, atingindo o top 100 quinze anos depois, aos 21. A necessidade de se familiarizar com um equipamento que não faz parte do cotidiano das crianças e as exigências técnicas da modalidade ressaltam, de modo geral, a importância de se iniciar cedo a prática do tênis para a obtenção de níveis elevados de performance.
AS TRAJETÓRIAS
Por volta dos 17,5 anos, esses tenistas atingem a melhor classificação no ranking do circuito juvenil da Federação Internacional de Tênis (ITF), constatando-se que metade dos atletas que participaram desse circuito adentraram no top 20 da ITF. Observa-se ainda que, ao final da época juvenil, os tenistas top 100 já estavam inseridos no circuito profissional, apresentando uma classificação média na 495ª posição.
Aos 18,8 anos, os atletas em questão rompem a barreira do top 400, atingindo o top 200 e 100 respectivamente com 19,9 e 21,2 anos de idade. Geralmente, é possível verificar que os tenistas top 100 adentraram essa barreira de forma natural e contínua, não havendo grandes intervalos entre as idades de passagens pelos diferentes marcos da carreira esportiva.
Por fim, verifica-se que os tenistas que, em algum momento da carreira estiveram classificados entre os 10 melhores do ranking da ATP, apresentam resultados significativamente superiores quando comparados aos demais atletas do top 100. Nesse sentido, observa-se que os jogadores top 10 cruzam as barreiras do top 400, 200 e 100 precocemente em relação aos seus pares.
CIRCUITO JUVENIL X CIRCUITO PROFISSIONAL
A classificação apresentada por tenistas ITF tem sido considerada uma importante ferramenta para prognosticar os resultados futuros dos atletas. Grande parte dos tenistas top 100 da ATP estiveram classificados no top 20 da ITF. Mas, até que ponto priorizar os resultados nesse tipo de competição pode realmente contribuir para o desenvolvimento integral do tenista?
Em sua apresentação na "Conferencia Mundial de Treinadores" da ITF, realizada no Egito em 2011, o treinador Peter McCraw apresentou a progressão no ranking da ATP dos tenistas que durante as temporadas de 1996 a 2005 estiveram classificados no top 10 da ITF. De acordo com o autor, 58% dos tenistas que estiveram nesse seleto grupo conseguiram progredir até chegar ao top 100 da ATP.
Ao comparar o percurso esportivo realizado pelos tenistas top 10 ITF que conseguiram chegar ao top 100 ATP e os que não obtiveram o mesmo êxito nessa transição, McCraw verificou que os atletas bem-sucedidos entraram mais cedo na ITF, atingindo o ápice no número de competições nesse circuito por volta dos 15/16 anos. Por sua vez, os tenistas que falharam na chegada ao top 100 entraram mais tarde e dedicaram mais tempo ao ITF, participando de um número menor de competições no circuito profissional enquanto juvenis.
McCraw verificou ainda que o coeficiente de vitórias e derrotas dos tenistas que posteriormente atingiram o top 100 foi mais alto, observando-se valores de 3,3:1 na ITF e de 1,6:1 no circuito ATP, contra respectivamente 2,4:1 na ITF e 0,9:1 ATP dos jogadores que não alcançaram esse patamar.




QUANDO ENTRAR E QUANDO SAIR DO CIRCUITO ITF?
Tendo esses dados como parâmetro, esse coeficiente pode ser utilizado como um bom indicador para selecionar o nível de competição em que os tenistas deveriam participar. Se um jogador aos 16 anos tem um coeficiente de vitórias e derrotas de 4:1 na ITF, por exemplo, é sinal de que esse âmbito de competição pode não estar sendo suficiente para ele seguir se desenvolvendo. Nesse caso, a intervenção do treinador, elevando no nível de competição, colocaria o jogador em um nível adequado de disputa e afastaria a busca por resultados em curto prazo. Resultados que, geralmente, não são reproduzidos no momento em que realmente deveriam ocorrer, ou seja, no circuito profissional.

Atletas que ingressam primeiro no top 400 tendem a chegar mais cedo ao top 200 e 100

Na mesma direção do trabalho de McCraw, analisamos o percurso esportivo dos tenistas top 100 da ATP, observando as idades em que eles passavam pelos diferentes marcos da carreira esportiva. Constatamos que, mais importante do que estar classificado entre no top 20 na ITF, é fundamental galgar posições no ranking profissional ainda enquanto juvenil.

A correlação existente entre a melhor classificação no ranking da ATP ao final da época juvenil e a melhor classificação no ranking da ATP da carreira demonstrou ser um melhor indicador do verdadeiro potencial apresentado pelo atleta do que a correlação existente as melhores classificações obtidas nos rankings ITF e ATP.

Essa constatação, associada aos fatos de que os tenistas profissionais de destaque atingiram o melhor ranking ITF por volta dos 17,5 anos de idade e de que mais da metade dos atletas encerraram a temporada juvenil entre os 400 melhores do mundo no ranking ATP, reforça a necessidade de se iniciar a transição ao profissionalismo no momento em que ainda poderiam estar se dedicando apenas à obtenção de resultados expressivos na ITF.
 
A REGRA DOS 10 ANOS E 10 MIL HORAS A formação de atletas com expectativa de alto rendimento é um processo longo, complexo e que requer grande conhecimento dos treinadores sobre as cargas de treinamento e os períodos sensíveis para aprimorar as diferentes capacidades coordenativas e condicionais. De modo geral, estima-se que são necessários, em média, 10 anos e aproximadamente 10 mil horas de prática para alcançar níveis internacionais de performance. A grosso modo, isso significa treinar e competir, em média, três horas por dia, sete vezes por semana, ao longo de uma jornada de 10 anos.

Para além desses fatores, encontramos uma forte correlação entre as idades de entrada no top 400 e as idades em que os tenistas adentraram o top 200 e 100. Isso quer dizer que os atletas que ingressam primeiro no top 400 tendem a chegar mais cedo ao top 200 e 100.


SEM QUEIMAR ETAPAS
Esses resultados não significam que os treinadores deveriam queimar etapas e inserir rapidamente os atletas no circuito profissional. Os casos concretos de tenistas que adentraram o top 100 antes dos 18 anos são escassos (4%) e devem ser analisados com cautela. No entanto, priorizar de forma crescente os torneios e os resultados obtidos na ITF pode "mascarar" o verdadeiro potencial apresentado pelo tenista e atrasar a transição ao profissionalismo.

Nesse sentido, a idade em que o tenista ingressa no top 400 e a melhor classificação obtida por ele no circuito profissional ao final da época juvenil poderiam ser utilizadas pelos treinadores como bons indicadores para predizer os resultados futuros.

Fica evidente que a ambos os circuitos têm papel fundamental no desenvolvimento do tenista. A escolha por um ou outro deverá levar em consideração os resultados apresentados pelo jogador, as idades em que esses resultados ocorreram, bem como características particulares dos atletas. Dessa forma, os países que desejarem se destacar no circuito profissional deverão propiciar um bom calendário de competições para que seus atletas possam se desenvolver.