quarta-feira, 29 de maio de 2013

Roland Garros 2013 -Dia perfeito para os favoritos em Paris

Paris (França)-Terminado o quarto dia de jogos da chave principal de Roland Garros não tivemos nenhuma  grande surpresa e os favoritos avançaram com muita tranquilidade  para a terceira rodada do evento .Serena ,Federer ,Azarenka ,Errani,Tsonga,Ferrer  entre outros fizeram treinos de luxo nesta quarta feira no complexo de Roland Garros .

Os jogos que eu  comentei no Bandsports  foram bem tranquilos , Victoria Azarenka venceu por 2 sets a 0 parcias 6x1 6x4  Elena Vesnina e Ana Ivanovic também venceu por 2 sets a 0 parciais 6x2 6x2 Mathilde Johansson .

Na programação de amanhã irie comentar um jogo interessante entre o número 1 do mundo o sérvio Novak Djokovic contra o talentoso e perigoso argentino Guido Pella.Esse jogo deve começar por volta das 13hs (8hs de Brasília ) com narração de Oliveira Andrade.

                                                          Roland Garros 2013

terça-feira, 28 de maio de 2013

A chuva em Roland Garros

Paris(França)- Hoje foi um dia complicado aqui em Roland Garros em virtude da chuva que caiu durante quase todo dia  causando interrupções nos jogos .
A pior  coisa que pode acontecer em um torneio de tênis é a chuva, quando não se tem quadras cobertas, porque atrapalhar toda a programação da TV,os jogadores acabam passando mais tempo dentro do complexo esperando que a partida reinicie,a venda de ingressos diminue,muitas vezes obriga a organização a  ter que cancelar jogos do dia ,o trabalho dos assistentes de quadra dobra e as vezes triplica já que eles tem que remover a lona que protege  a mesma varias vezes durante o dia e além disso a maioria dos profissionais envolvidos acabam ficando com tempo ocioso  esperando o reinício dos jogos .Mas nem tudo é tristeza com a chuva  porque com o tempo ocioso  a tendência é  as pessoas  consumirem mais nos restaurantes e nas  lojas  do complexo aumentando as vendas do torneio.
Hoje eu tinha  2 jogos programados (Marion Bartolli x Olga Govortsova e Aravane Rezai x Petra Kvitova)para comentar no Bandsports ,mas em função da chuva apenas comentei o primeiro jogo que praticamente durou o dia todo com as interrupções.Total foram quase 7hs dentro da cabine de transmissão e no final Marion Bartoli venceu por 2 sets a 1  o seu jogo de estréia após salvar 2 match points com parciais de 7x6 4x6 7x5 garantindo vaga na segunda rodada de Roland Garros .Já. O segundo jogo que eu iria comentar foi suspendo por falta de luz natural.
Amanhã mais uma vez estou escalado para comentar 2 jogos ao vivo na programação do Bandsports ,sendo que o primeiro será as 11hs(6hs Brasília) entre Victoria Azarenka (BLR) X Elena Vesnina (RUS) e o segundo jogo será por volta das 16hs (11hs Brasília) entre Ana Ivanovic(SRB) xMathilde  Johansson(FRA) ;sendo que  jogo da Azarenka acontece  na quadra Philippe Chatrier e o da Ivanovic  na quadra Suzanne lenglen.
Muito obrigado a todos pelos elogios e também as criticas que  recebo durante as  transmissões já que me ajudam a melhorar cada vez mais os meus comentários
Valeu Galera !abraço a todos

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Roland Garros 2013 -

Paris (França )-Hoje foi um dia muito especial para mim porque fiz a minha estréia como comentarista de tênis em um Grand Slam.Confesso que mesmo já tendo comentado grandes eventos no Bandsports como por exemplo Jogos Panamericanos,Olimpíadas,circuito da Atp e wta e também já tendo participado de um evento desse porte como treinador ,fiquei um pouco nervoso já que se tratava de Roland Garros  um dos maiores torneios de tênis do mundo e sem dúvida o mais charmoso de todos os torneios do circuito mundial.
Apesar de já ter viajado para mais de 40 países como jogador e treinador ,e trabalhar no canal Bandsports a mais de 10 anos ;essa é a primeira vez que viajo para fora do país como comentarista de tênis o que me possibilita conhecer um outro lado (jornalístico)desses grandes eventos .
 Roland Garros começou na ultima quarta feira com a chave do quali mas eu comentei o meu primeiro jogo no dia de hoje na  derrota do brasileiro Rogerio Dutra por 3 sets a 0 contra o letão Ernest Gulbis .Já sei que vai ter gente dizendo que sou pé frio mas o adversário do brasileiro era um jogador extremamente talentoso e com um arsenal de golpes de dar inveja a muitos jogadores ou  seja um jogador muito difícil para ser batido  ,principalmente se tratando de Roland Garros onde jogadores como mais experiência levam vantagem sobre  adversários mais fracos ou inexperientes.
Amanhã irei comentar 2 jogos da chave feminina  ao vivo no Bandsports ,sendo que o primeiro começa a  partir das 11hs (6hs Brasília) entre Marion Bartoli (FRA) X Olga Govortsova(BLR) com narração de Rodrigo Cassino;e fechando a programação por volta das 15hs (10hs Brasília) comento Petra Kvitova (CZE) X Aravane Rezai (FRA) com narração de Oliveira Andrade.
Valeu galera!abraços e bom divertimento a todos .

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Bate papo com Laura Pigossi e Carla Forte Bye Ariana Brunello -matéria do site www.tennisreport.com.br

laura e carla-2Laura Pigossi e Carla Forte (Foto: Messias Tennis)
 
Elas são jovens, lindas e têm um sonho em comum: ser a número 1 do mundo! Mas, por trás do sorriso de menina, revelam a força de atletas que sabem onde querem chegar.
Foi numa manhã fria, durante uma sessão de treinos para a temporada de saibro, que o Tennis Report bateu um papo com Laura Pigossi e Carla Forte, promessas do tênis feminino brasileiro.
Mas a baixa temperatura não tirou o pique das nossas atletas juvenis. Às sete da manhã elas já estavam em quadra, mostrando que têm garra e determinação de sobra pra chegar ao lugar mais alto do pódio.
 
Como o tênis surgiu na vida de vocês?
Carla - Com 6 anos ganhei minha primeira raquete de presente do meu avô, que tinha uma academia em SP. Meu pai também jogava. O tênis já estava no DNA da família!
Laura - Conheci o esporte com meu irmão. Tudo que ele fazia eu também queria fazer. Era meu exemplo. Eu tinha 6 anos de idade e jogávamos juntos. Com ele também conheci o futebol e cheguei a bater bola, mas o amor pela raquete falou mais alto.
 
Preferem jogar simples ou duplas?
Carla - São modalidades muito diferentes, apesar de fazerem parte do mesmo esporte. Em simples, a premiação é bem maior. Mas o jogo de duplas é fundamental pra quem está começando, ganhou muita importância nos últimos anos e vem crescendo ainda mais. E o que muita gente não sabe é que são as duplas que colocam os profissionais nos grandes torneios, é como uma porta de entrada para a carreira.
Laura - Gosto das duas modalidades, mas hoje prefiro partidas de simples.
 
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Carla Forte (Foto: João Pires)
 

Qual é o estilo de jogo de cada uma?
Carla - Nós duas somos agressivas, mas com estilos diferentes. Laura joga mais "flat', eu prefiro jogar com mais "top spin". Mas com o mesmo objetivo: sempre chegar na rede e ganhar o ponto lá na frente.
Laura - Sou mais agressiva, gosto de subir à rede e de um bom voleio, apesar de ultimamente acertar a bolinha mais no aro do que na corda (risos).
 
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Laura Pigossi (Foto: Divulgação)
 

Sabemos que, para os homens, é mais fácil jogar tênis e se adaptar à rotina de viagens e das competições. Quais são as maiores dificuldades que uma mulher encontra para se tornar uma atleta?
Carla - Em qualquer esporte há muita diferença entre as categorias masculina e feminina. A mulher é mais sensível, dependente, confunde muito o pessoal com o profissional e por isso encontra mais dificuldade. Essa é uma briga que tenho comigo mesma e não é fácil superar. Nisso, as européias levam vantagem por serem mais frias. Nós, latinas, somos mais emocionais. Para os homens, tudo é mais simples. Conseguem separar melhor os dois lados. Os próprios treinadores já dizem que, pra treinar mulher, tem que nascer abençoado!
 
Então, os seus treinadores Renato Messias, Orlando Rosa e Carla Tiene são abençoados?
Laura - São! No início, achava o Renato muito exigente e, por isso, preferia estar com o Orlando. Mas com a rotina de viagens constantes e a convivência diária, acabei me acostumando com esse "jeitão" dele.
Carla - Cada um deles tem uma maneira de ensinar e dividir experiências. O Renato é mais sério e é quem dá o famoso "puxão de orelha". A Carla é mais sentimental, sempre nos dando "colo". Já o Orlando é mais brincalhão e levanta nosso astral. São perfis que se complementam e, por isso, muito importantes pra gente. Acreditamos muito no trabalho desse trio.
 
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Carla, Renato Messias e Laura (Foto: Messias Tennis)
 

Como é se dedicar ao esporte e, ao mesmo tempo, ver que ainda falta incentivo aos atletas no Brasil?
Laura - Nossa rotina é puxada. Treinamos muito todos os dias. Logo cedo já estamos na quadra. Se o objetivo é vencer e você luta muito pra isso, não é a falta de incentivo que te faz desistir do seu sonho. Hoje tenho o apoio e o patrocínio da Prince, da Asics e da Top Spin.
Carla - Hoje em dia, o incentivo ao tênis cresceu bastante, principalmente na categoria feminina. A quantidade de torneios nacionais e patrocinadores aumentou nos últimos 3 anos. A CBT (Confederação Brasileira de Tênis) está nos apoiando cada vez mais. Tivemos a Fed Cup aqui no Brasil no ano passado. Foi muito bom. Mas ainda está longe do ideal, como acontece nas grandes potências do esporte mundo afora.
 
Por falar nisso, o Brasil voltou ao calendário da WTA. Qual a importância de torneios grandes, como este, por aqui?
Laura - Quanto mais torneios desse porte o Brasil puder sediar, melhor pro esporte e para os atletas. É importante para que as nossas juvenis vejam a diferença do nível de jogo entre as brasileiras e as européias. Lá elas estão jogando demais! Meninas de treze anos já enfrentando outras de dezoito. E aqui as de doze batendo bola com outras da mesma idade. Essa é a realidade, infelizmente.
Carla - É outro patamar de torneio. Aqui, a grande maioria está acostumada com futures e chalengers. Nós, que já tivemos a oportunidade de ir a Grand Slams, sabemos o quanto é diferente. A volta da WTA ao nosso país mostra como é a realidade do tênis mundial, para que as atletas brasileiras não se acostumem e nem fechem a cabeça para os pequenos torneios nacionais. É incrível para as atletas e também para aumentar a visibilidade do esporte na mídia em geral.
 
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Carla Forte (Foto: Divulgação)
 

Nos bastidores da WTA rola um papo de que as jogadoras não são amigas, nem gostam de treinar juntas. É verdade?
Carla - Acontece, sim. Não estamos nesse esporte para fazer amizades. Mas, pode ser uma consequência. Você pode encontrar uma pessoa legal. É o meu caso e o da Laura. Treinamos juntas, viajamos juntas e isso acaba criando um ambiente melhor. Acho errado não se socializar. Isso atrapalha o lado profissional. Algumas jogadoras que poderiam compartilhar várias experiências e informações preferem se isolar. Aí voltamos naquele tema polêmico: mulheres! (rs)
Laura - Não vejo problema algum em duas tenistas treinarem juntas, desde que não se tornem melhores amigas. É um ambiente profissional e chega a um ponto em que a intimidade pode atrapalhar. Tem que saber administrar pra que essa relação ajude a ambos os lados.
 
E os gritos durante a partida? Acha que são necessários ou rola um exagero? Atrapalham a adversária?
Carla - É uma polêmica! A gente assiste à Victoria Azarenka e à Maria Sharapova e pensa: "é, elas exageram um pouco, sim!". Talvez pro público fique desconfortável, é o que dizem por aí. Mas, pra gente que está ali dentro da quadra é muito natural. Nós até conversamos sobre isso, de que os gritos são diferentes, de acordo com a bola que você bate: atacando ou se defendendo. Depende da intensidade que você imprime na jogada. E não atrapalham, não. No momento do jogo a concentração é tão grande que os gritos passam despercebidos.
 
Várias jogadoras entram em quadra superproduzidas com rímel, delineador, sombra e unhas enormes pintadas com a cor da roupa. Existe uma espécie de pressão para que, além de jogar bem, as tenistas se tornem ícones "fashion"?
Carla - Depende da vaidade de cada uma. É muito legal esse ritual de se arrumar, ter seu estilo e poder escolher até o elástico de cabelo que vai usar. O importante é não exagerar e usar isso a seu favor. É uma questão de imagem. O lado "fashion" é um dos charmes do tênis feminino. Isso é o que atrai o público e também o que o diferencia do tênis masculino. A gente não pode bater tão forte quanto eles, nem jogar por dez horas ou cinco sets. Mas podemos estar mais elegantes!
Laura - A gente é mais bonita do que eles! (risos)
 
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Laura Pigossi (Foto: Divulgação)
 

O que é mais importante dentro da quadra: conforto ou estilo? Dá pra juntar os dois?
Carla - Dá, sim! Hoje, com a tecnologia dos uniformes, é possível ficar bonita e estar confortável ao mesmo tempo. Não tem como se vestir fora dos padrões e nem se sentir desconfortável. Pra treinar, usamos shorts e camiseta, mas sempre arrumadinhas. Isso faz a gente se sentir melhor na quadra. Já num torneio optamos por saia, top, camisa pólo ou vestido. E sempre tem aquela peça especial que marcou algum momento e guardamos com carinho pra manter a superstição. Sim, tenista é muito supersticioso! Os homens também são cheios de manias, mas estão sempre de bermuda e camiseta, não importa a ocasião. Essa é a diferença entre o feminino e o masculino.
Laura - Victoria Azarenka inovou e usou shorts em vez de saia em alguns torneios, como o Australian Open 2012. Achei diferente, ela foi ousada, mas muita gente não gostou. Ela se sentiu confortável assim e deu certo: ganhou o primeiro Grand Slam do ano e da carreira!
 
E fora das quadras? Vocês são vaidosas também?
Laura - A gente adora uma maquiagem!
Carla - E estar bem vestida também! A gente passa o dia inteiro de coque no cabelo, shorts e camiseta. Quando surge uma oportunidade de se arrumar e tirar a "fantasia" de tenista é muito bom!
 
Qual o momento mais marcante da carreira de vocês até agora?
Laura - Um jogo duríssimo num torneio na Bélgica, 7-6 no tie-break. Parecia que não ia acabar nunca! E no final veio aquela sensação de alívio: "Ufa, acabou!".
Carla - A Copa Gerdau de 14 anos, que é o torneio mais importante da gira. Eu tinha uma rixa com uma boliviana e não conseguia ganhar dela. Mas, aqui no Brasil, eu venci na final! Foi muito emocionante! Geralmente, o que te marcam são as vitórias. Em segundo lugar, as lesões que sofremos inesperadamente e que fazem os atletas se afastarem do circuito por um tempo. Afinal, ninguém quer se machucar e parar.
Quais os seus tenistas preferidos?
 
Carla - Um ídolo não surge apenas pelo que faz na quadra, mas fora dela também. Por isso admiro Kim Clijsters, Roger Federer e Guga Kuerten, por tudo que fizeram até hoje.
Laura - Entre os meus favoritos estão Victoria Azarenka, Justine Henin, Roger Federer e Novak Djokovic.
 
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Laura, Victoria Azarenka e Renato Messias (Foto: Messias Tennis)
 

Como vocês se imaginam daqui a dez anos e até onde querem chegar?
Laura - Quero ser a número 1 do mundo!
Carla - Que bom que você respondeu isso porque todo o sacrifício que a gente faz tem que ter um grande objetivo. Ninguém joga pra ser número 100 do mundo. Em toda profissão você tem que ser o melhor.
Laura - Se você é top 20, seja o melhor. Se é número 2, seja o melhor. E se for o primeiro do ranking, também seja o melhor. Sempre queira ser melhor.
 
Qual conselho vocês dariam pra quem quer abraçar a carreira de tenista?
Laura - Não é fácil. Tem que querer muito! Você treina, treina, treina e perde, perde, perde. Garra, disciplina e determinação são fundamentais. O importante é não desistir.
Carla - Ser atleta é algo especial. Se tiver oportunidade, agarre! É difícil descrever em palavras as emoções que o tênis nos proporciona. Temos apenas 17 e 18 anos, mas metade das nossas vidas é feita desses momentos. É preciso estar disposto a pagar um preço e abrir mão de muitas coisas. Mas vale a pena! É incrível! É demais!
 
Laura Pigossi tem 18 anos e acaba de participar dos torneios ITF 50.000 de Johanesburgo e do ITF Sharm El Shake no Egito. Saiba mais sobre Laura Pigossi: http://pigossitenis.blogspot.com.br
 
Carla Forte tem 19 anos e foi campeã do ITF de Antalya na Turquia. Saiba mais sobre Carla Forte: https://www.facebook.com/carla.forte.315
Parabéns, Laura e Carla! O Tennis Report está sempre na torcida por vocês